sábado, 6 de novembro de 2021

1968 - O ano que não terminou

 




1968 – O ano que não terminou

Como quase todos os livros que tenho, “1968 – O ano que não terminou" ficou um tempo na estante esperando seu momento certo de ser lido. Na verdade, ficou tempo demais guardado porque ganhei ele em 2013, cataloguei em 2015, mas só fui procurá-lo há dois meses. Momento mais oportuno foi esse, pois tenho tentado entender se já houve na História do Brasil uma polarização tão radical – politicamente falando – entre a esquerda e a direita e, lendo “1968” pude entender um pouco mais não só sobre a desgraça que foi o AI-5 para o Brasil como o sofrimento dos perseguidos políticos e seus familiares durante a ditadura militar.

Para quem é a favor do extremismo político  que estamos vivendo no Brasil por quem está comandando o país, recomendo a leitura de “1968 – O ano que não terminou”, pois é um livro escrito por quem viveu o terror dos “anos de chumbo" e mostrou com suas palavras todo radicalismo que uma intervenção militar pode causar à sociedade nos campos artístico, político e social.

Seja você de esquerda ou de direita, leia “1968 – O ano que não terminou” de Zuenir Ventura, antes de se “apaixonar" por um político intransigente, intempestivo, debochado e omisso achando que isso é ser patriota e que essa é a solução para os problemas do Brasil.

                                             Sérgio Ricardo Fonseca

Máquina Mundi

 


Máquina Mundi

Adquiri o livro no final de 2018 do autor, Marcelo Mourão, em um Sarau no Rio de Janeiro e nos tornamos amigos. Depois, tive a oportunidade de ir a outros saraus organizados por ele e redescobrir a poesia em mim que ficou alguns anos adormecida.

Além das oportunidades de ver Marcelo Mourão declamar brilhantemente suas poesias ao vivo nos Saraus por ele organizados, já tinha lido alguns dos seus textos antes e me identifiquei de cara com sua escrita.

Agora tive a oportunidade de ler Máquina Mundi  e me encantar com o jeito poético do autor de associar toda modernidade e consequências que a tecnologia trouxe à humanidade com temas tão pertinentes à nós, seres humanos, como o Amor, a solidão, o capitalismo, etc.

Poemas gostosos de ler, marcantes, que nos fazem pensar sobre a existência e o papel do ser humano no planeta. Leitura necessária aos amantes de poesia!

                                              Sérgio Ricardo Fonseca 

Ney Matogrosso


 

Ney Matogrosso

Embora eu tenha sempre admirado o trabalho do multiartista Ney Matogrosso, nunca tive a oportunidade de assisti-lo num de seus shows, mas graças a Deus e à minha amiga Márcia Cris, que também é minha colega de trabalho, recebi um convite no final de 2018 para uma noite de autógrafos do livro do Ney Matogrosso num Shopping na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Aquele foi um dia em que estava mega cansado, tinha trabalhado bastante e precisava ir para casa, mas a vontade de ver o Ney de perto era maior.

Fomos, compramos o livro, enfrentamos a fila de autógrafos, tiramos a foto com os autores e voltamos felizes da vida para nossas casas. Para mim uma grande felicidade: eu tinha conseguido o autógrafo do Ney.

Nem sempre consigo ler um livro assim que o compro, pois como amo livros, para que não fiquem guardados na estante de enfeite, estabeleci uma fila, onde me obrigo a ler numa escala dos mais antigos para os mais recentes. E com a Biografia do Ney não foi diferente.

Agora, em 2021, tive a oportunidade de ler as memórias desse que é um dos maiores artistas brasileiros : Ney Matogrosso.

Seu livro de memórias, onde conta desde sua infância até o momento do lançamento do livro (2018) de uma maneira como se estivesse conversando com o leitor. Suas experiências de vida, seu modo de viver de maneira livre de dogmas sociais, a consciência de sua importância artística e da mensagem que quer passar ao Brasil e aonde mais sua Arte chegar, tornam o livro extremamente instigante, até porque tudo que ele viveu, disse e diz até hoje é de uma atualidade impressionante.

Qualquer leitor que queira ter liberdade de expressão, seja ela verbal, comportamental, profissional ou artística irá identificar-se facilmente com a Obra.

Até a finalização da leitura do livro, não tinha ideia da amplitude da carreira do Ney Matogrosso e da sua importância na Arte brasileira.

“Ney – Memórias” necessário à todas as pessoas que não aceitam as hipocrisias mascaradas pelo comportamento social e querem ser livres de imposições, rótulos, caretice e preconceitos.

Essencial para a reflexão de quem quer ser o que é de verdade.

Sérgio Ricardo Fonseca